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Tratores autônomos, robôs incansáveis e decisões precisas com IA: o futuro já chegou ao campo

A revolução que transforma o cenário da agricultura brasileira

17/02/2025 às 16h01 Atualizada em 18/02/2025 às 19h52
Por: Roberta Mânica Fonte: NBC News | Al meets agriculture with new farm machines to kill weeds and harvest crops
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Getty
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Enquanto o mundo se prepara para alimentar 9 bilhões de pessoas até 2050, a agricultura enfrenta o maior desafio de sua história: produzir mais com menos. A resposta? Inteligência Artificial, que promete não apenas otimizar lavouras, mas reinventar o dia a dia no campo.

A agricultura está vivendo uma revolução silenciosa, mas avassaladora. Máquinas inteligentes, capazes de operar 24 horas por dia, estão deixando para trás a era da intuição e abraçando a precisão dos algoritmos. A tecnologia tem impulsionado os avanços da Inteligência Artificial no agronegócio, tornando a produção de alimentos mais precisa e tecnológica. Com isso, agricultores já observam aumentos de até 20% na eficiência produtiva e uma redução significativa nos custos operacionais.

Com o avanço da IA, o agricultor não apenas supervisiona, mas interage com sistemas que analisam o solo, preveem colheitas e eliminam pragas com precisão cirúrgica – tudo isso sem a necessidade de expansão territorial ou uso desenfreado de insumos químicos. Em Santa Catarina, um dos polos mais importantes do agronegócio brasileiro, os impactos da inovação já são palpáveis, refletindo-se em ganhos de produtividade e sustentabilidade.

Enquanto o solo se torna mais fértil, o tempo, antes um inimigo imprevisível, transforma-se em aliado. Sensores remotos e drones sobrevoam as plantações, coletando dados em tempo real sobre o clima, a umidade e a saúde do solo. Algoritmos avançados processam essas informações rapidamente, auxiliando o agricultor em decisões que vão desde a irrigação até o manejo da colheita e a logística de distribuição. Essa agricultura de precisão minimiza desperdícios, otimiza recursos e impulsiona a sustentabilidade.

Robôs agrícolas, equipados com câmeras de alta resolução, circulam entre as plantações, identificando e eliminando ervas daninhas com lasers, sem afetar o restante da lavoura. Tratores autônomos, operados remotamente por aplicativos, plantam, colhem e aram com uma precisão milimétrica, reduzindo custos e aumentando a produtividade. O resultado? Um agronegócio mais inteligente, eficiente e sustentável.

A projeção da ONU de que a população mundial atingirá 9 bilhões de pessoas até 2050 impõe uma pressão imensa sobre o setor agrícola: será necessário produzir 50% mais alimentos sem avançar sobre novas terras e minimizando o impacto ambiental. A Inteligência Artificial surge como o farol que ilumina esse caminho tortuoso, oferecendo soluções sustentáveis e eficientes para alimentar o futuro.

Mas essa revolução não é apenas tecnológica – é humana. O agricultor brasileiro, conhecido por sua resiliência, agora se reinventa como um gestor de dados, um estrategista que alia o conhecimento herdado de gerações às ferramentas digitais mais avançadas. E, diante desse novo cenário, uma pergunta ecoa: estamos prontos para abandonar práticas ultrapassadas e abraçar o futuro?

Dicas para os agricultores que querem ingressar na era da IA:
- Capacite-se: Busque cursos e treinamentos sobre agricultura digital e ferramentas de IA.
- Invista em tecnologia: Sensores, drones e softwares de gestão agrícola são aliados indispensáveis.
- Aposte em parcerias: Conecte-se com startups agrotech e institutos de pesquisa.
- Monitore seus dados: Utilize plataformas para coletar e analisar informações de solo, clima e cultivos.
- Reduza custos com precisão: Adote máquinas que otimizam o uso de água, fertilizantes e defensivos agrícolas.

A 5ª Revolução Agrícola já começou. A questão é: quem estará na linha de frente?

Roberta Mânica
Sobre o blog/coluna
Roberta Mânica é jornalista, pesquisadora, mestre e doutora em Comunicação. Sócia/fundadora do Empatizeme. Integrante do Observatório de Direitos dos Pacientes do Programa de Pós-Graduação em Bioética da UnB e da Cátedra Unesco de Bioética da UnB. Dedica-se ao desenvolvimento de relações mais humanas e empáticas.
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